Mercado de seguros residenciais prevê crescimento de 9%
Mesmo em meio à crise, pesquisas apontam que o mercado de seguros residenciais tem crescido no Brasil e, segundo Eduardo Lemes, diretor regional de Sorocaba do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), a tendência também se aplica ao interior. “As pessoas estão entendendo que, quanto mais difícil é adquirir um bem, em caso de qualquer infortúnio, será muito pior a sua reposição”, explica.
O comportamento da economia nacional tem afetado diversos setores e com o mercado de seguros não é diferente. Segundo uma avaliação mensal do Sincor-SP, o segmento deve perder pela queda do PIB. Porém, esse mercado terá ganhado, em termos nominais, pelo aumento da inflação. Dados estatísticos dessa avaliação mostram que, em 2016, a projeção atual de crescimento é de 9%.
O diretor regional da Sincor-SP explica que “uma das principais vantagens de contratar um seguro residencial é ter a garantia do patrimônio contra eventos involuntários que possam causar prejuízos”. Ele esclarece que o seguro residencial básico cobre riscos contra incêndio, queda de raio e explosão, mas que existe outro tipo de apólice com coberturas diversas, como desmoronamento, impacto de veículos, vendaval, chuva de granizo, danos elétricos, entre outros, que podem ser escolhidos pelo consumidor.
Porém, Eduardo alerta que o consumidor deve ficar atento, porque, para ter cobertura do seguro, o evento precisa ser incerto e imprevisível. “No caso de roubo de bens na residência, por exemplo, para ter o direito à indenização, o sinistro tem que ser caracterizado por furto qualificado, arrombamento. Não se pode esquecer a porta aberta”, esclarece.
Além das coberturas, existem ainda alguns serviços de assistência que são prestados pelas seguradoras. Eduardo afirma que os mais prestados são na parte de elétrica, hidráulica, chaveiro e consertos de equipamentos. “As formas de prestação de assistência são diferentes em cada seguradora, bem como os limites de utilização. Os serviços são de caráter emergencial e não têm a finalidade de fazer pequenas reformas”, explica.
Maria Souza, que é secretária, tem seguro de casa há 15 anos. Ela conta que decidiu fazer o seguro contra imprevistos como roubos, incêndios, raios e danos elétricos. “Quando preciso, aciono uma pessoa da seguradora, que faz uma avaliação do dano ou reparo e, dependendo da situação, traz as peças ou me informa quais devo comprar para serem trocadas. Torço para não ter que usar, mas sempre que precisei fui bem atendida”.
Segundo Eduardo, os seguros residenciais podem ser contratados para imóveis habituais, de veraneio e imóveis desocupados. “Os preços são calculados a partir do valor de reconstrução do imóvel, na cobertura de incêndio e mais as coberturas acessórias. Sendo assim, o custo depende do padrão da residência, mas geralmente parte de R$ 70 por ano”, explica. A secretária Maria Souza conta que seu seguro é completo e que ela paga anualmente R$ 550.
O diretor diz também que a apólice do seguro pode ter vigência anual, bianual ou em prazo reduzido e alerta que é importante que o consumidor solicite ao seu corretor, ou diretamente à seguradora, as Condições Gerais do Seguro, que é onde estão discriminados os direitos e obrigações do segurado e da seguradora. “Essas condições são diferentes. Por exemplo, se um notebook é furtado ou roubado dentro da residência, nesse documento estará discriminado se há ou não direito a indenização”.
Seguro em condomínios
Eduardo explica que o seguro condomínio é obrigatório e deve “cobrir todos os danos que possam atingir a estrutura do prédio, tanto nas áreas e instalações comuns como nas partes privativas, isto é, nas unidades individuais dos proprietários”.
O diretor afirma que a contratação deve ser feita para condomínios verticais e horizontais de todos os tipos, como residenciais, comerciais, de escritórios, consultórios e shoppings center.
Fonte: http://g1.globo.com